O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta terça-feira (1º/10) a Operação Hereditas, em conjunto com a Polícia Militar e a Polícia Civil. A ação visa combater fraudes em licitações e corrupção na administração pública, com foco na Câmara Municipal e na Prefeitura de Guarujá. Foram cumpridos 26 mandatos de busca e apreensão na Baixada Santista e na capital paulista.
As investigações, conduzidas pelo MPSP e pela Polícia Civil, revelaram acusações de irregularidades em contratos públicos e de favorecimento de empresas em troca de propinas pagas a agentes públicos. Um dos fatos mais relevantes é que uma das empresas envolvidas nas fraudes transmitiu a uma liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi assassinada a tiros em 27 de dezembro de 2022.
Embora os nomes dos políticos e das empresas envolvidas não tenham sido divulgados, a operação contornou ampla mobilização de forças de segurança: 15 membros do Ministério Público, 76 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque (incluindo Rota, COE e Gate) e 50 policiais civis da Delegacia Seccional de Praia Grande e do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).