A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a decisão do ministro Dias Toffoli, que anulou todos os processos e investigações envolvendo o empresário Raul Schmidt Felippe Júnior, no âmbito da Operação Lava Jato. O procurador-geral Paulo Gonet solicita que Toffoli reavalie sua decisão ou encaminhe o caso ao plenário do STF para um julgamento mais amplo.
Raul Schmidt é acusado de intermediar propinas no esquema de corrupção da Petrobras, facilitando o pagamento de valores para a contratação da empresa Vantage Drilling, que operava no setor de petróleo em 2009. As investigações indicam que os beneficiários das propinas eram Jorge Luiz Zelada, ex -diretor internacional da Petrobras, e Eduardo Vaz da Costa Musa, ex-gerente-geral da mesma área.
A decisão de Toffoli gerou grande repercussão, especialmente por se tratar da Operação Lava Jato, um dos maiores casos de combate à corrupção no Brasil. A anulação dos processos levantou preocupações sobre a possibilidade de impunidade e sobre a eficácia das investigações conduzidas pela operação. A PGR busca, com o recurso, garantir que as acusações contra Schmidt sejam devidamente apreciadas e que a justiça seja feita.
A conclusão desse recurso pode ter implicações significativas tanto para a continuidade das investigações da Lava Jato quanto para a responsabilização dos envolvidos em esquemas de corrupção. A expectativa é de que o STF avalie o caso em breve, dado o impacto da decisão e a importância da questão no combate à corrupção no Brasil.