Na 16ª cúpula do BRICS, realizada em Kazan, Rússia, os líderes do grupo definiram uma lista de países que serão convidados a aderir à nova categoria de “países parceiros”. Entre os selecionados estão Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Por outro lado, Venezuela e Nicarágua, cotadas para as vagas, foram arquivos.
Coincidentemente, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fez uma amizade surpresa na cidade de Kazan, expressando otimismo em relação ao encontro. “Viemos com os nossos sonhos e esperanças de um mundo sem colonialismo ou imperialismo”, declarou Maduro. Esta é a primeira vez que um líder venezuelano participa de uma cúpula do BRICS.
A exclusão da Venezuela pode ter sido influenciada por questões políticas, já que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, havia dados sinais de que tomaria medidas para manter o país fora da lista, após a polêmica reeleição de Maduro, marcada por acusações de fraude e repressão.
O encontro ocorre em um momento decisivo para o BRICS, que busca expandir sua influência global. Desde a última expansão em 2023, o grupo já inclui Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia, além dos membros fundadores Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O BRICS representa 45% da população mundial e 35% da economia global, com destaque para o peso econômico da China.