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Publicado em: 30 de outubro de 2024

Comissão aprova criação de cadastro de pessoas condenadas por maus-tratos contra animais – Notícias


30/10/2024 – 16h40

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Matheus Laiola: cadastro vai funcionar como ferramenta de segurança pública

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Maus Tratos a Animais. O texto altera a Lei dos Crimes Ambientais.

Pela proposta, o cadastro será mantido e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e reunirá, no mínimo, as seguintes informações das pessoas condenadas pelo crime de maus-tratos a animais:

  • características físicas e digitais;
  • fotos;
  • endereço da residência e do trabalho, caso fique em liberdade condicional;
  • perfil sociocultural (idade, sexo, raça/etnia, profissão e escolaridade);
  • número no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); e
  • identificação do perfil genético, já coletada.

Os dados deverão constar do cadastro por pelo menos três anos ou até o término do cumprimento da pena.

A proposta estabelece ainda que os recursos para a criação do CNPC Maus-Tratos aos Animais virão da destinação de 2% dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

O projeto aprovado é o PL 2194/24, da deputada Dayany Bittencourt (União-CE). Ela entende que a inclusão de dados genéticos, características físicas e do perfil sociocultural dos condenados permitirá que as autoridades acompanhem de perto desses indivíduos, garantindo uma vigilância contínua.

“A violência contra animais está frequentemente associada a comportamentos violentos mais amplos, ou seja, o cadastro funcionava também como uma ferramenta de proteção social, ajudando a identificar possíveis riscos de violência contra pessoas”, conclui o autor.

O relator, deputado Delegado Matheus Laiola (União-PR), concluiu com a ideia de que o cadastro pode aumentar a vigilância sobre eventos violentos contra animais ou pessoas.

“O cadastro funcionaria também como uma ferramenta de segurança pública, ajudando a identificar comportamentos violentos em potencial e protegendo a sociedade de indivíduos com históricos de violência”, afirmou o relator.

Próximos passos
A proposta será comprovada, em caráter conclusivopelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para mudar a lei, o texto precisa ser aprovado na Câmara e no Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Ana Chalub



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