O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará do grupo de Donald Trump em janeiro de 2025, quando o republicano assumirá a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez. A ausência de Lula em Washington marca uma decisão simbólica, já que tradicionalmente o Brasil mantém uma postura de diplomacia ativa nas transições de governo dos Estados Unidos. A decisão ocorre em um momento sensível das relações entre os dois países, com Trump sinalizando uma política internacional menos engajada em pautas ambientais e de direitos humanos — temas centrais para o governo brasileiro.
Embora Lula tenha optado por não estar presente na audiência, a diplomacia brasileira não ficará de lado. A embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, representará o país e deverá liderar os esforços para estabelecer um canal direto de comunicação com a nova administração republicana. Viotti, que já possui experiência em diálogos com o Partido Republicano, será peça-chave para garantir uma transição diplomática suave e manter o equilíbrio nas relações bilaterais.
Segundo fontes diplomáticas, a ausência de Lula na posse não significa um afastamento dos Estados Unidos. O presidente brasileiro já manifestou interesse em estabelecer um contato direto com Trump após o término da Cúpula do G20, que ocorre no Brasil em novembro e contará com a presença de Joe Biden. Esse evento é considerado uma oportunidade para o Brasil reafirmar seu papel de liderança em questões como economia sustentável e mudanças climáticas, temas que contrastam com a agenda tradicionalmente aplicada por Trump.