Artigo opinativo do analista político Éder Borges. As opiniões contidas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Hora Brasília.
Nessa última semana dois nomes ventilaram no cenário político: Ratinho Jr, governador do Paraná e Gusttavo Lima, como possíveis vices de Jair Bolsonaro, ou presidenciáveis caso mantenham-se a inelegibilidade do ex-presidente.

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Vamos a uma breve análise desses nomes que hoje agitam o tabuleiro da política nacional.
Gustavo Lima
O cantor sertanejo mais popular da atualidade feriu grande burburinho ao declarar num podcast que seu nome está à disposição como presidente. Há quem diga, inclusive, que Jair Bolsonaro não gostou de ser abordado pelo cantor, agora, seu apoiador.
Tudo indica que Gusttavo não disputará a Presidência da República, pois além de não possuir nenhuma experiência política, sua própria família não o apoia na excêntrica empreitada. Um início inteligente na carreira política seria o sucesso numa vaga na Câmara Federal e até mesmo, Senado. Mas é temerária essa possibilidade.
Considerando o cache do Gusttavo Lima que gira em torno de R$ 1 milhão por apresentação, sendo o cantor mais bem pago da música sertaneja na atualidade, tendo em média de 15 a 30 shows por mês, entendemos os anseios do artista. Será mesmo que Brasília se tornou tão atraente às ações sociais que o cantor se oferece para governar uma nação? Penso que, jamais!
A Direita precisa de um influenciador do porte do Gusttavo Lima para difundir suas ideias, os palcos em que ele brilha ainda estão ao seu divertir. De qualquer forma, sua declaração permanecerá todas as manchetes midiáticas. Nada mais do que isso.
Ratinho Jr.
Se o nome do governador do Paraná for uma surpresa para o Brasil agora, não foi o caso em seu Estado. Antes mesmo de reeleger-se, com folga, para o Governo, Carlos Massa Ratinho Jr não escondia sua pretensão de ser Presidente da República.
Sempre apoiador de Jair Bolsonaro, Ratinho não é tido pela militância como representante da Direita, talvez por seu tom mais ameno, muito embora tenha feito um governo marcado por pautas liberais e conservadoras.
O Paraná é o Estado com maior número de colégios cívico-militares do país e, para desespero dos sindicatos de extrema esquerda, instituiu o programa “Parceiros da Escola” que profissionaliza a gestão das instituições públicas de ensino, tirando poder dos invejados sindicalistas.
Ratinho Jr apresenta ainda números bastante desenvolvidos quando o assunto é gestão. O PIB do Paraná cresceu acima da média nacional e até mesmo de países como Japão e Reino Unido.
Além disso, seu governo se destaca pela diminuição da violência e do desemprego, da tecnologia e da sustentabilidade.
Viabilidade eleitoral
Filho de um dos apresentadores de TV mais populares do Brasil, Ratinho Jr teria capilaridade no nordeste e alcançaria outros segmentos, o que poderia contribuir significativamente para a eleição de Jair Bolsonaro – caso este seja elegível – compondo a chapa como vice. Vejo, inclusive, como uma opção viável e inteligente, uma escolha mais assertiva em relação às anteriores, composta por generais do exército que em nada agregaram em voto, É preciso transcender a bolha e garantir a governança, desde que haja alinhamento de ideias.
Uma composição Ratinho/Bolsonaro – seja com Jair ou Michelle – tem plenas condições de sucesso eleitoral e, consequentemente, uma promessa de gestão, haja vista os números apresentados pelo governador.
Vale citar ainda o último pleito eleitoral de Curitiba em que Ratinho emplacou seu candidato Eduardo Pimentel que tem como vice o ex-deputado federal Paulo Martins, que é um dos pioneiros da “Direita pura” brasileira.
A nova gestão iniciou com profundas mudanças no secretariado da capital, substituindo figuras antigas de viés progressistas por peças alinhadas ao espectro centro-direita, o que indica um aceno quanto aos novos rumores da capital paranaense. Tais foram dados também pela Câmara de Vereadores, que isolou os partidos de esquerda na recente composição da Mesa Diretora minando qualquer poder ou influência de siglas como PT, PSOL, PDT e PSB.
Esses fatos apontam manipulação em articulações políticas o que é essencial para quem pretende comandar uma nação.
Concluindo: quem pode vencer o PT?
É certo que os nomes capazes de derrotar Lula giraram em torno de Jair Bolsonaro. Caso ele consiga disputar a eleição, é importante desta vez escolher um vice que de fato agregue em votos e tenha alinhamento de ideias.
Caso o Capitão permaneça inelegível, o Brasil precisará de consenso e atualização para apoiar de fato alguém capaz de libertar a nação do PT e o bancarrota definitivo já anunciado.