Derrota complica situação na Copa do Brasil. Arquibancada de São Januário é palco de protestos contra a atuação, hostilidades a Abel e briga entre vascaínos perto do fim do jogo
Fernando Miguel fica no chão enquanto jogadores do Goiás comemoram o gol da vitória em São Januário Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
Fernando Miguel fica no chão enquanto jogadores do Goiás comemoram o gol da vitória em São Januário Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
A situação do Vasco não melhora. E não são apenas os resultados ruins. O time não dá sinais de progresso, a impaciência da torcida se amplia e jogadores perdem confiança. Nesta quinta, a derrota justa para o Goiás por 1 a 0, em São Januário, fez mais do que complicar a situação do time na Copa do Brasil — terá que vencer em Goiânia para ao menos levar a decisão aos pênaltis. A partida exibiu um time sem ideias em campo e um barril de pólvora fora dele. Uma grande confusão tomou a arquibancada antes do fim do jogo.

O primeiro tempo teve um Goiás confortável com a bola, com a iniciativa. O cenário impacientava a arquibancada, mas o time do Vasco, sem tantas ideias para construir jogadas, até aceitava esperar o espaço para um contra-ataque. Só que raramente conseguiu. Chegou uma só vez, em bom lance de Andrey que terminou com Cano colocando a bola na rede, só que com a mão.

O Goiás, através das trocas de passes de Léo Sena e Daniel Bessa, era mais lúcido e tivera duas chances — inclusive uma falta no travessão, — antes de abrir o placar. No gol de Fábio Sanches, o assistente quase cometeu grave equívoco: sinalizou impedimento mas logo voltou atrás.

A arquibancada já hostilizara Abel Braga e reclamara do time que, para piorar, teria que sair da zona de conforto e ter iniciativa no segundo tempo. O treinador tirou Guarín, ainda longe da forma ideal, e colocou Juninho. E trocou Vinícius por Ribamar, que jamais se sentiu bem aberto pela direita.

Ao menos, o Vasco adiantava marcação e pressionava um Goiás já muito recuado. No entanto, havia mais abafa do que lucidez. Num rebote, Raul chutou com perigo.

Mais adiante, Abel colocou o argentino Benítez, que estreou mas não encontrou seu espaço em campo. Primeiro, entrou como meia central e depois passou para a esquerda, num 4-2-4 que tinha Ribamar e Cano pelo centro do ataque. O Vasco lançava bolas na área, uma delas terminou em chute prensado de Cano. Mas jamais pareceu próximo do empate. Ficou claro porque só fez oito gols em 13 jogos neste 2020.