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Publicado em: 30 de outubro de 2024


A operação florestal na Amazônia Legal alcançou 20.238 km² em setembro de 2024, uma área equivalente a 13 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Os dados, divulgados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Imazon), apontam um aumento de 1,402% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 1.347 km² degradados, sendo este o maior índice mensal em 15 anos.

Segundo o Imazon, a manipulação florestal ocorre devido a incêndios e à destruição madeireira, que, embora não removam a vegetação por completo, resultam em danos severos à flora e à fauna. “Setembro é um mês marcado historicamente pelo aumento dessas práticas devido ao clima seco, mas os números de 2024 superam significativamente os de anos anteriores”, destacou Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.

O Pará foi o estado mais afetado, concentrando 57% da manipulação em setembro, totalizando 11.558 km², um salto em comparação aos 196 km² no mesmo mês de 2023. Entre os municípios mais impactados estão São Félix do Xingu (3.966 km²), Ourilândia do Norte (1.547 km²) e Novo Progresso (1.301 km²), além de sete das dez unidades de conservação mais degradadas, como a APA Triunfo do Xingu e a Flona do Jamanxim. A terra indígena Kayapó segue entre as mais atingidas, com 3.438 km² de floresta impactada, o que representa 17% da manipulação registrada.

O desmatamento, que envolve a remoção completa da vegetação, também registrado alta. Em setembro, 547 km² foram desmatados, o equivalente a 1.823 campos de futebol por dia. O acumulado de janeiro a setembro somou 3.071 km² de área desmatada, o oitavo maior da série histórica.

Os pesquisadores do Imazon alertaram que as queimadas têm impacto direto sobre a biodiversidade e os modos de vida das populações tradicionais, ressaltando a necessidade urgente de fiscalização e políticas de conservação. “Para enfrentar as mudanças climáticas e proteger a floresta, é essencial fortalecer os órgãos ambientais e promover alternativas para mitigar os impactos das queimadas”, avaliou Carlos Souza Jr., coordenador do programa de monitoramento do Imazon.



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