A troca de comando marca o início da reforma ministerial prevista para este mês, como antecipou Rui Costa, ministro da Casa Civil. Em entrevista, Costa afirmou que as mudanças ministeriais deverão ser concluídas até o dia 21, quando ocorrerá a primeira reunião geral de 2025 com todos os 38 ministros.
Perfil e trajetória de Sidônio Palmeira
Com vasta experiência no marketing político, Sidônio Palmeira tem no currículo a campanha competitiva de campanhas de grandes líderes petistas, como Rui Costa e Jaques Wagner, além de ter comandado a campanha presidencial do presidente Lula em 2022. Engenheiro de formação, Sidônio iniciou sua trajetória política como líder estudantil na Universidade Federal da Bahia e ingressou na comunicação política na campanha de Lídice da Mata, eleita prefeita de Salvador em 1992.
O publicitário defende a manutenção do slogan “União e Reconstrução” utilizado pelo governo, mas ressalta a necessidade de ajustes na comunicação para dar mais visibilidade às conquistas da gestão petista. “O foco é o governo falar o que tem. Os ministérios precisam aparecer e mostrar suas marcas, o que estão fazendo”, afirmou Sidônio, enfatizando a importância de usar diversos meios de comunicação para alcançar a população.
Estratégia para 2026 e críticas públicas de Lula
A posse de Sidônio ocorre em um momento estratégico para o governo, que já mira as eleições de 2026. Em dezembro de 2024, Lula fez críticas contundentes à comunicação federal, apontando falhas na divulgação das ações governamentais. “Há um erro no governo na questão da comunicação, e sou obrigado a fazer as correções necessárias”, declarou o presidente do seminário do PT.
Lula destacou que as conquistas do governo precisam chegar à população de maneira mais eficaz. “Nós não estamos conseguindo comunicar as coisas que estamos fazendo. É uma das minhas preocupações, que quero começar a resolver no início de ano”, afirmou.
Sidônio já adiantou que a comunicação do governo será mais “uníssona” e integrada, garantindo que os feitos da gestão sejam amplamente divulgados. Ele também ressaltou que Lula continuará exercendo sua marca pessoal em discursos, com maior frequência de entrevistas e diálogo direto com a imprensa.
