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Publicado em: 27 de fevereiro de 2025

“Nunca mais Bolsonaro terá minha solidariedade”, diz Otoni de Paula após perder eleição na bancada evangélica

“Nunca mais Bolsonaro terá minha solidariedade”, diz Otoni de Paula após perder eleição na bancada evangélica


A eleição para a liderança da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) revelou um racha significativo na bancada evangélica do Congresso Nacional. Otoni de Paula (MDB-RJ), que perdeu a disputa para Gilberto Nascimento (PSD-SP), atribuiu sua derrota à influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados. A eleição marca um novo capítulo nas tensões entre parlamentares alinhados ao bolsonarismo e aqueles que buscam maior independência política.

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Na noite de terça-feira (26), Nascimento foi eleito presidente da FPE com 117 votos, enquanto Otoni recebeu 61. O deputado derrotado afirmou que a campanha contra sua candidatura foi orquestrada para afastá-lo definitivamente de Bolsonaro. “Foi a eleição do medo. Eu fui o cara mais aliado do Bolsonaro. Mas, por pensar diferente, fui eleito inimigo e adversário dele”, disse Otoni à Veja, alegando que muitos parlamentares votaram sob pressão.

A derrota de Otoni tem um pano de fundo maior. O deputado começou a perder espaço entre os bolsonaristas ainda em 2024, quando apoiou a reeleição de Eduardo Paes (PSD) para a prefeitura do Rio de Janeiro, contrariando o apoio de Bolsonaro a Alexandre Ramagem (PL). Em outubro do mesmo ano, Otoni se reuniu com o presidente Lula no Palácio do Planalto e chegou a elogiar o petista, aprofundando ainda mais o racha com o clã Bolsonaro.

Otoni, que já foi vice-líder do governo Bolsonaro, agora se define como um ex-bolsonarista. Ele criticou a postura do ex-presidente, afirmando que Bolsonaro considera um “voto de traição” qualquer apoio a ele. “A ameaça (de Bolsonaro) está clara quando ele fala que, ao votar no Otoni, o deputado dá um voto de traição. E, nesse caso, terá que pedir, em 2026, votos para Lula, e não para ele”, ironizou o parlamentar.

Mesmo afastado do bolsonarismo, Otoni nega que isso o aproxime de Lula e reforça seu apoio ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). Ele também descartou uma candidatura ao Senado em 2026, afirmando que tentará a reeleição como deputado federal.

Otoni foi duramente atacado pelo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que o rotulou como o “mais novo comunista gospel”.

A disputa também quebrou um padrão histórico na FPE. Pela primeira vez, a escolha do presidente da bancada evangélica não ocorreu por consenso. Otoni classificou sua derrota como uma “sacanagem” e afirmou que houve forte interferência política. “Tenho amor próprio”, declarou.



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