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Publicado em: 16 de abril de 2025

“Se eu falar algo, o ministro me mata ou me prende”: mensagens revelam medo e tensão de ex-assessor de Alexandre de Moraes

“Se eu falar algo, o ministro me mata ou me prende”: mensagens revelam medo e tensão de ex-assessor de Alexandre de Moraes


Segundo informações do Diário do Poder e da Gazeta do Povo, a crise silenciosa por trás das investigações envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ganhou novos contornos explosivos nesta terça-feira (15), após a divulgação de mensagens privadas do perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor direto do ministro Alexandre de Moraes, revelando temor de prisão ou até morte caso expusesse informações sobre sua atuação dentro da Corte.

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As mensagens, obtidas pela Polícia Federal (PF) durante o inquérito conduzido no STF, mostram Tagliaferro desabafando com sua esposa sobre o medo que sentia em relação ao ministro, declarando em um momento:

“Se eu falar algo, o ministro me mata ou me prende. Ele é um FDP.”

O perito também expressou o desejo de “chutar o pau da barraca”, “contar tudo” e “jogar tudo para o alto”, mas dizia conter-se por causa das filhas adolescentes, a quem afirma precisar proteger.

“Tenho as meninas”, escreveu, justificando por que não poderia agir por impulso.

Tagliaferro esteve à frente da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) no TSE entre agosto de 2022 e maio de 2023. Durante sua atuação, participou da produção de relatórios de monitoramento de políticos, veículos de imprensa e influenciadores críticos ao TSE, ao STF e ao próprio Moraes. Esses relatórios foram usados para embasar decisões judiciais, como bloqueio de perfis, remoção de conteúdos e abertura de investigações no inquérito das fake news.

Reprodução Gazeta do Povo
Reprodução Gazeta do Povo

As novas mensagens reforçam o que já havia sido denunciado: o uso de relatórios sob demanda para justificar decisões. Em uma das conversas reveladas, o juiz Airton Vieira, assessor de Moraes no STF, chega a instruir o perito a “usar a criatividade” para incluir a Revista Oeste como “revista golpista” em uma dessas peças de monitoramento.

Tagliaferro admitiu ter conversado com a Folha de S.Paulo em abril deste ano, após ser citado em uma série de reportagens sobre o uso político dos relatórios internos do TSE. Questionado pela companheira sobre o conteúdo das declarações, ele afirmou:

“Falei a verdade.”
“Às vezes a verdade não é uma boa opção”, respondeu ela.
“Eu sei, mas eu só trabalho com a verdade, mesmo ela não sendo a melhor opção.”

O próprio ministro Alexandre de Moraes, citado como figura central nos desabafos do perito, é quem conduz o inquérito em que Tagliaferro virou alvo. Em agosto de 2024, Moraes autorizou a quebra de sigilo telemático do ex-assessor, permitindo à PF acesso a arquivos na nuvem e mensagens privadas.

As conversas com a esposa e com o advogado Eduardo Kuntz foram incluídas nos autos, ainda que, no caso de Kuntz, a PF não tenha identificado nenhuma conduta ilícita. O advogado classificou a investigação como “arbitrária”, dizendo que a própria operação “colocou o Estado Democrático em xeque”.

Em nota, os novos advogados de Tagliaferro, Sarah Quinetti e Igor Lopes, criticaram a divulgação das mensagens, afirmando que isso prejudica o trabalho e a integridade do perito, que sustenta a família por meio da profissão técnica.

“A atuação de Eduardo sempre foi pautada na ética e na bravura. Ele não tem nada a esconder”, afirmou a defesa.

A nota ainda destaca que Tagliaferro cumpriu sua função com sigilo e profissionalismo, mas que agora está vulnerável diante de um ambiente de intimidação política e institucional.



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