A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (30), uma “Operação Infiliação” para investigar a inclusão fraudulenta do nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na lista de filiados ao Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. As investigações surpreenderam ao sugerir que o autor da filiação indevida seria um adolescente de 13 anos, residente em Fátima do Sul, no Mato Grosso do Sul.
Em cumprimento aos mandatos de busca e compreensão, agentes da PF instalaram em casa novos dispositivos como computador e celular, que serão periciados para esclarecer o método usado e identificar se houve envolvimento de terceiros. A PF apura como o adolescente obteve as informações possíveis e se ele agiu sozinho ou com orientação externa.
A investigação começou após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) receber uma denúncia de que o nome de Lula constava entre os filiados do PL sem consentimento. A suspeita inicial de invasão ao sistema foi descartada. Segundo as apurações, o adolescente teria que preencher um formulário de filiação pública disponível no site do partido, usando dados pessoais do presidente para simular o pedido.
Devido à idade do adolescente, ele não pode ser penalmente responsabilizado, mas o caso será seguido em investigação para avaliar se houve participação de outros envolvidos. A Polícia Federal poderá enquadrar eventualmente adultos que tenham facilitado o ato em crimes como falsidade ideológica e manipulação de dados oficiais.