O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (19) que o Brasil enfrentou uma “saída atípica” de dólares neste fim de ano. Durante coletiva sobre o relatório de inflação do quarto trimestre de 2024, Campos Neto garantiu que o BC está preparado para agir caso necessário, destacando a robustez das reservas internacionais, que superam US$ 370 bilhões.

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“Não tem nenhum desejo do Banco Central de proteger nenhum nível de câmbio. O Banco Central tem muita reserva e vai atuar se necessário. Entendemos que esse fim de ano tem um fluxo muito grande”, explicou.
A declaração ocorre em um contexto de forte valorização da moeda norte-americana. Nesta quinta-feira, o dólar chegou ao máximo de R$ 6,30 antes de recuar, após duas intervenções do BC no mercado de câmbio. As operações somaram US$ 8 bilhões, sendo uma de US$ 3 bilhões e mais de US$ 5 bilhões.
Segundo Campos Neto, a decisão de realizar uma segunda intervenção foi motivada pela alta demanda registrada no primeiro leilão. “Hoje fizemos um leilão, e a demanda foi muito maior do que esperávamos. Então, decidimos fazer outra intervenção”, explicou.
O presidente do BC destacou que o volume elevado de retiradas é incomum para o período, mas não revelou detalhes sobre os fatores específicos que influenciaram essa transação. Ele ressaltou, porém, que o Banco Central monitora o fluxo e atua para corrigir eventuais disfunções.
“O Banco Central deve agir no câmbio quando perceber que tem alguma disfuncionalidade no fluxo. Identificamos uma saída maior, que consideramos atípica, neste fim de ano”, afirmou.