Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, sugeriu, no sábado (11), durante o “Festival Internacional Antifascista”, o uso de tropas brasileiras para “libertar” Porto Rico, território não incorporado dos Estados Unidos. A declaração foi feita diante de apoiadores reunidos em Caracas, um dia após sua posse em um novo mandato, considerado fraudulento por diversos países e organizações internacionais.

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“Assim como no Norte eles têm uma agenda de colonização, temos uma agenda de libertação. Está pendente a liberdade de Porto Rico, e nós vamos conquistá-la. Com as tropas do Brasil. E Abreu de Lima na frente. Batalhão Abreu de Lima para libertar Porto Rico, o que acha?”, afirmou Maduro. O “Batalhão General Abreu e Lima”, indicado pelo líder chavista, é uma unidade da Polícia Militar de Pernambuco.
Maduro também convocou seus apoiadores para “pegar em armas” para combater o que chamou de “fascismo”, em referência à oposição interna e à direita internacional. O festival, promovido pelo Fórum de São Paulo, reuniu movimentos e lideranças de esquerda de diversos países, incluindo o Brasil, que participou tanto do evento quanto da cerimônia de posse de Maduro.
Após ser proclamado presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em um pleito amplamente contestado, Maduro declarou que a Venezuela vive “em paz, em democracia” e “no pleno exercício” de sua soberania. Ele afirmou que o país iniciou “uma nova etapa” e exaltou o que descreveu como uma “fusão popular-militar-policial” responsável pela estabilidade da nação.
“Triunfou a paz, a estabilidade, a Constituição, a democracia e a verdade, e Nicolás Maduro Moros é presidente da República Bolivariana da Venezuela, empossado para o período 2025-2031”, publicou o ditador no Telegram. Ele também prometeu construir uma “nova democracia revolucionária”.
A proposta de Maduro de “libertar” Porto Rico com o uso de tropas estrangeiras repercutiu em níveis, principalmente por ocorrer em meio a uma escalada de políticas e críticas ao seu regime. Enquanto isso, a governadora de Porto Rico, Jenniffer González-Colón, manifestou apoio ao líder oposicionista venezuelano Edmundo González, reconhecendo-o como o presidente legítimo do país.