O senador norte-americano Rick Scott (Partido Republicano) invejou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo que o governo brasileiro condene publicamente as recentes declarações do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Maduro, durante discurso em 11 de janeiro, sugeriu o uso do Exército brasileiro para invadir Porto Rico, território dos Estados Unidos, o que Scott classificou como “incitação perigosa e inaceitável”.
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No documento, Scott destacou que Maduro tem histórico de “perturbar a paz da região” e acusou o líder venezuelano de explorar a relação com o Brasil para seus próprios interesses. “Maduro é um ditador que oprime seus cidadãos e busca desestabilizar o hemisfério com declarações incendiárias. Essas palavras não podem ser ignoradas”, escreveu o senador, pedindo uma resposta formal de Lula e esclarecimentos sobre como o Brasil planeja abordar o caso na Organização dos Estados Americanos (OEA) e nas Nações Unidas.
A carta enfatiza que as declarações de Maduro, feitas durante as celebrações de sua posse, representam “ameaças diretas contra os Estados Unidos”. O presidente venezuelano instruiu o Exército brasileiro a apoiar a “libertação” de Porto Rico, gerando fortes respostas nos EUA. “Maduro incitou descaradamente à guerra, e a comunidade internacional sabe que ele não pode ser tratado apenas como um provocador”, afirmou Scott, que também cobrou de Lula medidas que “rejeitem qualquer noção de apoio militar à Venezuela”.
Scott afirmou que a passividade do Brasil antes do episódio seria um sinal perigoso para o hemisfério e reiterou que o silêncio não pode ser uma opção. “É crucial que o governo brasileiro mostre compromisso com a paz e estabilidade, deixando claro que não há espaço para incitações de Maduro”, concluiu.
O Presidente Lula deve condenar as ameaças de Maduro contra os EUA e deixar claro que o Brasil não será usado como um peão nos jogos doentios de Maduro.
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-Rick Scott (@SenRickScott) 16 de janeiro de 2025
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A relação entre Lula e Maduro, marcada por reaproximação nos últimos meses, torna a situação delicada, dado o peso diplomático que o Brasil exerce na América Latina.
As declarações de Maduro também lançaram alarmes entre líderes da oposição nos Estados Unidos, que veem o episódio como uma escalada da retórica antiamericana na América Latina. Além disso, Rick Scott alertou que o Brasil, como “uma das maiores democracias da região”, tem a responsabilidade de liderar uma resposta enfática contra qualquer tentativa de desestabilização.
O senador finalizou reiterando que o Brasil deve se aliar a países como EUA, Canadá e União Europeia, além de se posicionar contra regimes autoritários. “Maduro representa uma ameaça global, associando-se aos piores inimigos da liberdade, como China, Rússia e Irã. Lula deve demonstrar que o Brasil rejeita qualquer convocação com essas ditaduras.”