O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu manter sob sigilo os resultados das pesquisas de opinião encomendadas pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) desde o início de sua gestão, em 2023. Por outro lado, a Controladoria-Geral da União ( A CGU autorizou a divulgação dos levantamentos realizados durante o governo Jair Bolsonaro (PL), feitos em 2022.
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A Secom argumenta que as pesquisas do atual governo são “documentos preparatórios” e que sua publicação prematura pode gerar manipulação da opinião pública e prejudicar políticas em andamento. A CGU endossou o argumento, mas determinou que os dados podem ser divulgados ao final do mandato de Lula ou após a implementação das políticas relacionadas aos levantamentos.
Desde 2023, o governo Lula recomendou 20 pesquisas ao Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (Ipri), com custo total de R$ 9,8 milhões. Entre os temas envolvidos estão:
- Avaliação de governo e conjuntura nacional;
- Perfil da classe média brasileira;
- Endividamento da população;
- Conflito no Oriente Médio e agenda pública;
- Percepção sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023;
- Operação Sequaz, sobre planos do PCC contra autoridades.
Os levantamentos sobre os 100 dias e o primeiro ano do governo Lula foram os mais caros, custando R$ 2,1 milhões cada.
A CGU determinou a liberação dos resultados das pesquisas realizadas em 2022, durante o governo Bolsonaro. Essas sondagens, que custaram R$ 13 milhões, incluem avaliações sobre:
- Auxílio Brasil;
- Conjuntura nacional;
- Inclusão e programas sociais;
- Juventude e universo feminino.
A Secom realizou ainda sete pesquisas semanais por telefone, sendo o último levantamento feito em dezembro de 2022, após Bolsonaro ter sido derrotado nas urnas.
Embora a Secom tenha informado que dados “passíveis de divulgação” estão disponíveis em seu site, os documentos listados apresentam apenas títulos e valores genéricos, sem detalhamento das perguntas feitas ou dos resultados.
A secretaria justificou o sigilo com base em uma portaria de 2023, que proíbe a divulgação de informações consideradas sensíveis por seu potencial de causar “maiores prejuízos à sociedade do que os benefícios de sua publicação”.
A decisão de manter o sigilo sobre as pesquisas do governo Lula, enquanto liberava as realizadas na gestão de Bolsonaro, lançou questionamentos sobre a transparência na administração pública. Os especialistas apontam que a seletividade na divulgação pode comprometer a alteração das políticas de comunicação.