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Publicado em: 10 de abril de 2025

Fuga recorde de dólares do Brasil atinge nível histórico no 1º trimestre de 2025

Fuga recorde de dólares do Brasil atinge nível histórico no 1º trimestre de 2025


O real enfrenta um dos momentos mais delicados desde sua criação, com a moeda brasileira se aproximando perigosamente da marca dos R$ 6 por dólar, pressionada por uma fuga recorde de divisas do país. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, entre janeiro e março de 2025, o Brasil registrou saída líquida de US$ 15,8 bilhões, o pior resultado para o primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 1982.

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A saída de capitais no trimestre supera episódios críticos da história recente, como a maxidesvalorização do real em 1999 (US$ 13,7 bilhões) e o auge da pandemia da Covid-19 em 2020. Só no mês de março, o país perdeu US$ 8,3 bilhões — o maior volume mensal já registrado. O movimento foi puxado pela conta financeira, que acumulou retiradas de US$ 23,1 bilhões no trimestre, enquanto o segmento comercial contribuiu com entrada de US$ 7,3 bilhões, insuficiente para reverter o saldo negativo.

Essa disparada do dólar e a consequente desvalorização do real têm origem principalmente no cenário externo, com a política de tarifas recíprocas do presidente norte-americano Donald Trump alimentando incertezas no comércio global. Embora as medidas tenham sido oficialmente anunciadas apenas em abril, a tensão nos mercados já vinha contaminando o câmbio desde o início do ano, com investidores fugindo de países emergentes em busca de refúgio em moedas fortes.

A alta do dólar tem efeito imediato e profundo na economia brasileira. A desvalorização cambial encarece insumos, combustíveis e produtos importados, pressiona a inflação e compromete o poder de compra da população. Além disso, eleva os custos da dívida externa e impõe obstáculos adicionais à atração de investimentos.

Com o real sob ataque e a confiança do investidor estrangeiro abalada, o governo brasileiro enfrenta um desafio duplo: conter os danos econômicos da disparada cambial e restaurar a previsibilidade em meio ao ambiente internacional cada vez mais hostil. O atual patamar do câmbio deixa clara a fragilidade da moeda frente a choques externos e destaca a urgência de medidas que estabilizem o fluxo cambial e resgatem a credibilidade econômica do país.



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