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Publicado em: 29 de abril de 2025

Alcolumbre Atua para Barrar CPI dos Correios, Mesmo com Prejuízo Bilionário da Estatal, diz site

Alcolumbre Atua para Barrar CPI dos Correios, Mesmo com Prejuízo Bilionário da Estatal, diz site


Mesmo diante de um rombo crescente nos Correios, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), atua diretamente para impedir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar os prejuízos da estatal. A informação foi confirmada por líderes da base governista, que apontam uma operação de bastidores para travar o avanço do requerimento protocolado pelo senador Márcio Bittar (União-AC).

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O pedido para abertura da CPI foi feito em fevereiro e já conta com 32 assinaturas, superando com folga as 27 exigidas pelo regimento do Senado. Apesar disso, Alcolumbre teria orientado aliados a não assinarem o documento e pretende não dar andamento à leitura em plenário, o que impede a instalação formal da comissão. “Não há vontade política sobre a leitura desse requerimento”, afirmou um líder do governo.

O pano de fundo da movimentação é a recente nomeação de Hilton Rogério Maia Cardoso para a Diretoria de Negócios dos Correios — uma área estratégica da estatal. Apadrinhado por Alcolumbre, Hilton assumiu o cargo em março, após ter ocupado anteriormente a superintendência da Codevasf no Amapá, reduto eleitoral do senador.

Fontes do Senado apontam que a diretoria em questão tem alto poder orçamentário, o que levanta suspeitas sobre o interesse do presidente do Senado em evitar uma CPI que poderia abrir uma devassa nas finanças e contratos da empresa pública.

Apesar da articulação de Bittar, o movimento de Alcolumbre já surtiu efeito: a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) retirou sua assinatura do requerimento. Segundo um líder de bancada, a decisão ocorreu após influência direta do presidente do Senado, numa tentativa de desmobilizar o apoio necessário à instalação da comissão.

A equipe de Bittar afirma que, diante do impasse, o senador pode acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), exigindo o cumprimento do regimento interno — o mesmo caminho jurídico utilizado durante a CPI da Covid, quando o governo Bolsonaro tentou evitar a instalação da comissão.

Enquanto o embate político se intensifica, os números da estatal expõem o agravamento do problema. Os Correios fecharam 2023 com R$ 600 milhões de prejuízo, após um rombo de R$ 770 milhões em 2022. Em 2024, o quadro piorou: o primeiro semestre já registra perda de R$ 1,35 bilhão, alta de 85% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mesmo com queda de 2,5% nas despesas, a receita da estatal também caiu: passou de R$ 22 bilhões para R$ 21,6 bilhões. A situação financeira tem se deteriorado mesmo com cortes de custo, o que levanta questionamentos sobre gestão, contratos e uso político da estrutura dos Correios.

A resistência de Alcolumbre em dar prosseguimento à CPI levanta dúvidas sobre possível conflito de interesse, já que um de seus indicados ocupa cargo estratégico na estatal sob investigação. Para a oposição, o esforço para manter o pedido “engavetado” configura tentativa de blindagem e fere o papel fiscalizador do Congresso.

Em meio a prejuízos bilionários, a crise nos Correios se transforma também em crise institucional no Senado, com impactos diretos sobre a transparência da gestão pública e a credibilidade das estatais brasileiras.



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