O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil surpreendeu o mercado ao anunciar um aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), elevando-a para 12,25% ao ano. Este é o maior aumento desde maio de 2022 e coloca a Selic no nível mais alto desde dezembro de 2016.
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A decisão, que foi unânime, reflete a preocupação do Banco Central com a inflação persistente e as expectativas econômicas negativas. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que, se o cenário adverso continuar, novas elevações da mesma magnitude poderão ocorrer nas próximas reuniões, possivelmente levando a Selic a 14,25%.
Especialistas do mercado, como Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos, observam que os aumentos anteriores não foram suficientes para controlar a inflação. “A inflação continua alta e as expectativas estão cada vez mais negativas, diminuindo uma perda de eficácia da política monetária”, comentou Srour.
O recente pacote fiscal do governo também foi relatado como um fator que influenciou a decisão do Copom, afetando os preços dos ativos e as expectativas do mercado.
Com a Selic atingindo seu maior patamar em quase uma década, o Banco Central reforça seu compromisso de combater a inflação, mesmo diante de um cenário econômico totalmente desfavorável.