Novas revelações sobre as acusações de assédio sexual envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, levantam suspeitas sobre o conhecimento prévio das denúncias por parte de figuras-chave do governo Lula. Informações indicam que tanto a primeira-dama, Janja da Silva, quanto outros ministros souberam dos relatos de Anielle antes que o caso viesse à tona publicamente.
De acordo com fontes próximas à investigação, Anielle já havia comunicado às autoridades do governo sobre os episódios de assédio que ocorreram durante o período de transição entre os governos de Jair Bolsonaro e Lula. Entretanto, nenhuma ação imediata foi tomada até que o caso fosse amplamente divulgado pela imprensa, o que culminou na missão de Silvio Almeida em 6 de setembro, após denúncias na coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.
O silêncio do governo e da primeira-dama, que demonstrou estar ciente dos relatos, coloca em xeque a postura de proteção às vítimas dentro do próprio círculo governamental. A questão que agora se coloca é que houve omissão ao não agir prontamente diante das denúncias feitas por Anielle Franco e outras mulheres.
Caso as alegações se confirmem, a falta de ação pode trazer consequências para o governo Lula, levantando debates sobre a responsabilidade de figuras de destaque em lidar com situações de assédio e importunação sexual no ambiente de trabalho. Os críticos apontam que o caso expõe um possível descoberto na gestão de um governo que prega o combate à desigualdade e à defesa dos direitos humanos.
A Polícia Federal segue investigando o caso, e o desdobramento da apuração pode gerar novas implicações para as lideranças do governo. Se comprovada a inércia diante dos relatos de Anielle Franco, uma nova investigação pode ser aberta para apurar possíveis falhas institucionais no trato das denúncias de assédio sexual dentro da gestão federal.