Depois de criar o primeiro Centro Multidisciplinar em Doenças Raras do Nordeste, nos Bancários, João Pessoa está perto de ganhar mais um equipamento para fortalecer a proteção de pessoas atípicas nas mais diversas síndromes. O Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), no mesmo bairro, está com obras adiantadas e vai ser inaugurado em agosto do próximo ano, de acordo com o prefeito e candidato à reeleição Cícero Lucena, que inspecionou o local na manhã desta quinta-feira (17).
Nesse caso, o gestor da Capital disse que a obra forma um complexo de inclusão, que também contará com um Hospital em Doenças Raras no seu próximo mandato. Ele disse que a atenção com esse público na sua gestão começou na acolhida das crianças atípicas nas escolas, principalmente autistas, para socializá-los, com auxílio de um cuidador, assistindo aula ao lado dos colegas que não precisam dessa atenção extra. O complexo surge para diagnosticar e acolher esse público diante da demanda crescente na cidade.
“O autismo, como muitas outras síndromes, está cada vez mais presente na vida das pessoas. Portanto, o Poder Público tem que começar a agir, e rápido, por isso, que nós estamos fazendo um centro como esse – o maior do Nordeste. Porque nós estamos vendo e identificando essa necessidade de apoiar as famílias no sentido de que possamos proporcionar cada vez mais independência, condições físicas, prática do esporte, para prepará-los para a fase adulta”, afirmou Cícero Lucena, que depois de visitar a obra foi ao Centro de Doenças Raras, na mesma quadra.
*A obra* – De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a obra do CER IV está com 20% do seu cronograma executado. Está na etapa de fundações, execução de vigas, de pilares. Também está sendo iniciado o serviço de alvenaria de colocação para, a partir disso, serem iniciadas as instalações hidráulicas sanitárias. O secretário municipal de Saúde, Luís Ferreira, detalhou como o CER IV e o Centro Multidisciplinar em Doenças Raras se complementarão para atender a população.
“Montamos o primeiro ambulatório de doenças raras, é muito mais até do que um ambulatório, porque temos aqui acompanhamento multiprofissional, inclusive terapêuticas são feitas aqui, como infusão de medicamentos e acompanhamento das famílias. O CER IV aumenta a complexidade, porque teremos um centro de referência, assistência às crianças que fazem parte do espectro autista, entre as mais diversas síndromes. O acompanhamento para deficiência física, motora, intelectual, visual, auditiva, tudo concentrado num ambiente só, com alta tecnologia, com equipamentos de primeiro mundo”, afirmou o secretário.
*Cuidado* – A dona de casa Vitória de Fátima é tia de Raysha Emanuele, de 4 anos, portadora de distrofia muscular congênita. Ela vai duas vezes por semana utilizar o Centro de Doenças Raras para a sobrinha recebendo o cuidado necessário para ter evolução em sua qualidade de vida. “É uma doença rara, que a gente consegue cuidar aqui, com fisioterapia e consulta com os mais diversos profissionais. Uma assistência que faz toda a diferença na vida dela e da família”, agradeceu.