O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 24 horas para que o Exército Brasileiro informasse o itinerário de sete viaturas necessárias usadas por militares investigados por planejado a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice- o presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A decisão inclui registros de entrada e saída de veículos, abastecimento, itinerários e dados dos militares que utilizaram as viaturas.
A assessoria do Exército afirmou que não comenta processos prolongados por outros órgãos, mantendo uma política de respeito institucional.
A operação, conduzida pela Polícia Federal nesta terça-feira (19), prendeu quatro militares e um policial federal. Entre os investigados estão o general Mário Fernandes, os tenentes-coronéis Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, além do policial federal Wladimir Matos Soares.
Os telefones especiais fornecidos foram habilitados em nomes de terceiros e se comunicaram em um grupo de mensagens chamado “Copa 2022”, com códigos baseados em países como Alemanha, Brasil e Japão. O plano incluía métodos de envenenamento para explorar a vulnerabilidade de saúde do presidente Lula.
O plano, detalhado em um documento elaborado pelo general Mário Fernandes em novembro de 2022, foi encontrado em sua residência. A operação também cumpriu cinco mandatos de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, incluindo suspensão de funções públicas e suspensão de saída do país.
Os investigados são acusados de crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa. As medidas refletem a gravidade da tentativa de desestabilizar as instituições democráticas do país.