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Publicado em: 4 de dezembro de 2024

Governo Lula propõe uso de superávit de fundos nacionais para equilibrar contas públicas


O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inveja ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar que autoriza o uso de recursos excedentes de oito fundos nacionais para cobrir déficits orçamentários e equilibrar as contas públicas entre 2025 e 2030. A proposta integra o pacote de corte de gastos anunciado na última semana.

O texto, apresentado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), prevê que o superávit financeiro — valores não garantidos a projetos específicos ao final de cada exercício — seja redirecionado para outras despesas do orçamento. Atualmente, esses recursos são restritos às especificações específicas de cada fundo.

Entre os exemplos está o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC), que hoje pode ser usado apenas em projetos relacionados à aviação civil.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, os fundos incluídos na proposta registraram um superávit de R$ 45 bilhões em 2023. O Ministério da Fazenda, porém, informou que há R$ 40 bilhões disponíveis em conta única do Tesouro, mas não detalha projeções de superávit para os próximos anos ou o valor esperado para cobrir déficits orçamentários.

Os fundos abrangidos pela medida são:

  • Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD)
  • Fundo Nacional Antidrogas (Funad)
  • Fundo da Marinha Mercante (FMM)
  • Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC)
  • Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET)
  • Fundo do Exército
  • Fundo Aeronáutico
  • Fundo Naval

O Ministério da Fazenda defende que a proposta amplie a flexibilidade orçamentária, permitindo a redistribuição de recursos entre diferentes áreas, sem comprometer os objetivos principais dos fundos. Apenas os valores acumulados entre os negócios financeiros serão usados, garantidos a massa.

No entanto, o impacto da medida ainda não foi detalhado pelo governo, nem mesmo na apresentação oficial do pacote de cortes de gastos na última quinta-feira (28).

A proposta agora segue para análise da Câmara e do Senado. Caso seja aprovado, uma nova regra poderá entrar em vigor nos próximos anos.



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