A menos de duas semanas a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos para um segundo mandato não executivo, o tom mais moderado do republicano em relação à imposição de tarifas de importação trouxe alívio para moedas emergentes, incluindo o real. Nesta segunda-feira (1/6), o dólar caiu 1,1% no Brasil, fechando a R$ 6,11, com o mínimo do dia em R$ 6,09.

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Essa retração na cotação da moeda americana representa uma boa notícia para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que veio com muita pressão após o dólar romper a barreira dos R$ 6 no fim de 2024, elevando custos de importação e alimentando a inflação.
A alta global do dólar nos últimos meses foi atribuída às ameaças de tarifas de importação feitas por Trump, que poderiam intensificar as guerras comerciais e agravar a inflação nos Estados Unidos, ao restringir a entrada de produtos mais baratos no país.
No entanto, segundo reportagem do jornal Washington Post, os assessores do futuro presidente americano discutem agora a aplicação de tarifas mais limitadas, focadas apenas em setores estratégicos, como defesa, saúde e energia. Essa abordagem contrasta com o discurso mais agressivo de Trump durante a campanha presidencial de 2024.
Enquanto candidato, Trump propôs tarifas amplas de até 10% ou 20% sobre todos os produtos importados. Agora, as publicações indicam um foco mais restrito em áreas-chave para a segurança nacional, como:
•Defesa Bélica: Tarifas sobre aço, ferro, alumínio e cobre;
•Saúde: Produtos médicos essenciais, como seringas, agulhas e insumos farmacêuticos;
•Energia: Materiais estratégicos, como minerais de terras raras, baterias e painéis solares.
A postura mais moderada de Trump gerou otimismo nos mercados globais, resultando na valorização de moedas de países emergentes. Para o Brasil, o retorno do dólar reduz a pressão sobre os preços dos produtos importados e oferece alívio à inflação, um desafio recorrente para a gestão econômica do governo Lula.