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Publicado em: 31 de março de 2025

Abin invadiu sistemas do governo paraguaio durante gestão Lula para obter dados sobre Itaipu, diz UOL

Abin invadiu sistemas do governo paraguaio durante gestão Lula para obter dados sobre Itaipu, diz UOL


A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) realizou uma operação hacker contra autoridades do Paraguai durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de acessar informações sigilosas relacionadas às negociações do Anexo C da hidrelétrica binacional de Itaipu. A invasão, ocorrida em 2023, foi executada meses antes da assinatura do novo acordo entre os dois países, em maio de 2024, e teve como alvo computadores do Congresso, do Senado e da Presidência paraguaia. A informação foi divulgada pelo portal UOL.

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O planejamento da ação teve início em junho de 2022, ainda no governo Jair Bolsonaro, mas a execução, segundo apuração do UOL, ocorreu sob a gestão do atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, nomeado por Lula e empossado em 29 de maio de 2023. De acordo com depoimentos prestados à Polícia Federal, Corrêa não apenas autorizou a operação, como teria se entusiasmado com sua execução. “Luiz Fernando teria vibrado, gostou muito, que era a primeira vez que se sentia numa atividade de inteligência”, relatou um dos agentes da Abin envolvidos na missão.

A operação usou o software Cobalt Strike para capturar senhas e dados de autoridades diretamente envolvidas nas tratativas sobre os valores pagos pelo Brasil pela energia excedente de Itaipu. Agentes da Abin realizaram três viagens internacionais — ao Chile e ao Panamá — para configurar servidores e lançar os ataques de fora do território brasileiro.

Apesar da gravidade do caso, o Ministério das Relações Exteriores alegou que a operação foi autorizada no governo anterior e que teria sido suspensa oficialmente em 27 de março de 2023, sob direção interina da Abin. A nota afirma que “o governo do presidente Lula desmente categoricamente qualquer envolvimento em ação de inteligência contra o Paraguai”.

No entanto, os relatos colhidos pela Polícia Federal indicam que a ofensiva digital foi mantida e executada já durante o novo governo. A ação ocorreu no contexto das renegociações do Anexo C, que define as bases financeiras da comercialização de energia de Itaipu — tema sensível na relação entre Brasil e Paraguai. O novo acordo, fechado em maio de 2024, elevou o valor pago ao país vizinho, mas ficou aquém das exigências paraguaias.

A investigação da PF, inicialmente voltada a abusos cometidos na Abin durante o governo Bolsonaro, revelou indícios de continuidade de práticas irregulares na gestão seguinte, ampliando o escopo do inquérito. A revelação gera constrangimento diplomático e expõe uma disputa interna no governo entre a Abin, comandada por Corrêa, e a atual direção da Polícia Federal, insatisfeita com a nomeação.



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