O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) monitore e preserve publicações nas redes sociais do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A medida foi autorizada nesta segunda-feira (27), no contexto de um inquérito aberto para investigar a atuação do parlamentar nos Estados Unidos, a partir de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Na decisão, Moraes determinou que a PF atue no “monitoramento e preservação de conteúdo postado nas redes sociais do sr. Eduardo Bolsonaro, que guarde pertinência com o exposto nesta petição”. A medida busca registrar possíveis declarações que sustentem a suspeita de que o deputado atua para intimidar autoridades brasileiras e interferir no andamento de investigações em curso no Supremo.
O inquérito foi instaurado após representação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que acusa Eduardo de articular, por meio de postagens e entrevistas, ações internacionais contra membros do Judiciário e do Ministério Público, incluindo pedidos de sanções ao governo dos Estados Unidos. A PGR considerou que as manifestações do parlamentar apresentam ‘tom intimidatório’ e poderiam configurar tentativa de obstrução de justiça e coação no curso do processo.
Além do monitoramento, Moraes determinou que a Polícia Federal colha o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, no prazo de até dez dias. Segundo a PGR, Jair Bolsonaro seria diretamente beneficiado pela atuação do filho e já afirmou publicamente ser o responsável financeiro por sua estadia nos EUA.
O próprio Eduardo também deverá prestar esclarecimentos no inquérito, mas, por estar nos Estados Unidos, Moraes autorizou que ele o faça por escrito. O ministro também solicitou ao Itamaraty, sob comando de Mauro Vieira, que indique quais autoridades diplomáticas americanas devem ser acionadas para notificar oficialmente o parlamentar sobre a abertura do inquérito.