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Publicado em: 19 de novembro de 2024


A arte como forma de expressar a proteção à mulher. Com esse pensamento, a Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa (SEPPM) realizou, nesta terça-feira (19), na Praça da Paz, no bairro dos Bancários, o ‘Sarau Poético – pela vida das mulheres’. O evento alusivo à campanha ’21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher’ reuniu vários artistas e deu início a programação dessa jornada que deve seguir até o dia 10 de dezembro.

“Com o Sarau, pretendemos abrir uma discussão sobre os ’21 dias de ativismo pela não violência contra as mulheres’ e trazer um novo olhar, um olhar mais sensível, um olhar de mulheres, atrizes, poetisas, que visam ampliar as formas de diálogo e abrir mais um canal de comunicação com a sociedade e, nesse caso, com a comunidade. A programação é voltada para enaltecer as mulheres”, explicou a secretária executiva da SEPPM, Juliana Dantas.

Se apresentaram no Sarau Poético Ângela Pereira, Frances Zenaide, Fernanda Ferreira e Maria Betânia, com participação especial de Glaucia Lima. A programação segue nos próximos dias. “Teremos palestras, uma feira de serviços na Famene, que estaremos na próxima sexta-feira. E nosso evento de grande porte vai ser no dia 29 e vai apresentar pessoas e entidades que apoiam a luta das mulheres com um Selo Amiga da Mulher” completou Juliana.

A presidente do Conselho Municipal de Direito das Mulheres, Lila Oliveira, ressaltou que a campanha é um momento de sensibilizar a população da importância da mulher. “Essa campanha, não só no sentido de 21 dias de ativismo, mas tem que ser permanente, porque a violência contra a mulher está em todo segundo, em cada momento da vida das mulheres, infelizmente. A gente tenta ver esse trabalho também como prevenção”, falou.

A cantora Gláucia Lima foi uma das artistas que doou seu talento para fortalecer a campanha. “É o que a gente fala constantemente. A gente expressa isso através desses cuidados que a gente tem, com essa preocupação pela situação que as mulheres estão hoje em dia. Eu estou cumprindo o meu papel, minha função”, disse.

A atriz Maria Betânia lembrou também a importância da conscientização dos homens nesse processo. “É importante a reflexão, porque a gente precisa atingir os homens, não só as mulheres, mas chegar aos corações dos homens, para que eles vejam onde está essa saúde mental dele, onde ele adoece. E não se pode ser adoecido dentro do relacionamento, e ele leva para a sociedade esse adoecimento. Um homem agressivo, violento, ele vai ser violento no trabalho. Se ele for um professor, na escola, se ele for um médico, se for um juiz, um advogado, porque diante da violência não tem classe social”, ressaltou.

A poetisa Ângela Pereira recitou dois poemas de seu livro ‘Mulherfagia’ que está à venda nas redes sociais da artista (@angela.pereir6). “A luta das mulheres contra o feminicídio deve continuar, precisa cada vez mais que movimentos, instituições e o poder público continuem fazendo esse enfrentamento. Um evento como esse é importante porque a gente está divulgando também que essa luta se faz com arte, com cultura, com poesia, com música”, destacou.



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