O Ministério Público Federal (MPF) arquivou a investigação que apurava uma possível importunação a uma baleia jubarte por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo nas redes sociais em que Bolsonaro aparece pilotando um jet ski a cerca de 15 metros do animal, durante um passeio no mar de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, em junho de 2023.
Segundo o MPF, embora a proximidade registrada represente risco à segurança dos envolvidos, “não se pode afirmar que o investigado teve a intenção de incomodar, maltratar, enfadar ou causar dano ou prejuízo a alguma espécie de cetáceo”. O documento destaca ainda que manter a ação penal “sem perspectivas de novos elementos que possam alterar as conclusões aqui trazidas, não se mostra razoável e, tampouco, indica eficiência na atuação criminal”.
O delegado da Polícia Federal responsável pelo inquérito, Breno Adami Zandonadi, também avaliou que, apesar de considerar as atitudes inadequadas, não houve provas suficientes para configurar a intenção de molestamento prevista em lei.
A defesa de Bolsonaro comemorou o arquivamento. Em publicação na rede X (antigo Twitter), o advogado Paulo Cunha Bueno afirmou que o MPF acolheu os argumentos apresentados durante as diligências e criticou a investigação. “Ao final, evidenciaram, a um só tempo, o absurdo daquela apuração e a mobilização da máquina estatal na direção de um episódio nitidamente sem qualquer repercussão jurídica”, escreveu.
Ele ainda afirmou que continuará atuando para que as demais imputações contra o ex-presidente tenham o mesmo desfecho.
