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Publicado em: 6 de maio de 2025

Governo Bolsonaro tentou barrar fraudes no INSS, mas medidas foram enfraquecidas no Congresso

Governo Bolsonaro tentou barrar fraudes no INSS, mas medidas foram enfraquecidas no Congresso


Em 2019, o governo do então presidente Jair Bolsonaro lançou uma ofensiva para combater fraudes em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Por meio da Medida Provisória (MP) 871, o Planalto instituiu regras para barrar descontos não autorizados aplicados por sindicatos e associações diretamente nos benefícios dos aposentados.

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Entre as medidas mais rigorosas estava a exigência de revalidação anual da autorização de desconto pelos aposentados — um instrumento criado para impedir que entidades utilizassem dados antigos ou consentimentos obtidos de forma irregular para continuar retirando valores dos benefícios.

O objetivo era claro: proteger os segurados e estrangular o canal usado para fraudes bilionárias.

Reprodução

Contudo, a proposta original não resistiu à pressão. Durante a tramitação no Congresso Nacional, entidades sindicais alegaram dificuldades logísticas para localizar aposentados e pressionaram parlamentares para relaxar o controle.

O resultado foi a modificação do texto: o prazo de revalidação das autorizações, que deveria ser anual, foi estendido para três anos a partir de dezembro de 2021. A mudança abriu espaço para que autorizações antigas, e muitas vezes questionáveis, continuassem sendo usadas sem atualização por anos.

Em 2022, nova investida fragilizou ainda mais o sistema de controle. Na tramitação da MP 1.107, que originalmente tratava de microcrédito digital, o então deputado Luiz Miranda (Republicanos-DF) incluiu um “jabuti”: a revogação da obrigatoriedade de revalidação periódica dos descontos.

Ou seja, uma regra criada para impedir fraudes acabou sendo eliminada em uma medida provisória sem relação com a Previdência, por meio de manobra legislativa.

Segundo o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), a revogação não constava das intenções iniciais do governo Bolsonaro:

“Foi a atuação da esquerda sindicalista que, durante a tramitação no Congresso, inseriu essa mudança, atendendo ao lobby dessas entidades interessadas”, afirmou o parlamentar.

Agora, em 2025, o país sente os efeitos da desfiguração dessas medidas: a Polícia Federal desmantelou um esquema que desviou mais de R$ 6 bilhões de aposentadorias, facilitado justamente pela falta de controle nos descontos.

Entre as entidades envolvidas nas investigações está o Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), cujo diretor-vice-presidente é José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que o Sindnapi teve crescimento expressivo nas receitas obtidas com descontos em folha nos últimos anos — sem a devida atualização das autorizações.

O partido Novo protocolou no Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido formal para investigar as práticas do sindicato.

O esforço inicial do governo Bolsonaro para apertar o cerco às fraudes encontrou resistência política no Congresso, sobretudo de entidades sindicais ligadas à esquerda, e acabou dilapidado ao longo dos processos legislativos.

O resultado foi a manutenção de brechas que permitiram a continuidade de práticas abusivas contra aposentados, culminando no maior escândalo recente envolvendo o INSS.



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