A Justiça Federal determinou que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprove, em até 24 horas, a aquisição da distribuidora Amazonas Energia pela Âmbar, empresa do grupo J&F. A juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, responsável pela decisão, destacou que a aprovação do plano de compra pode gerar um custo de R$ 14 bilhões aos consumidores ao longo dos próximos 15 anos. O valor é quase o dobro da previsão inicial, que estimava um impacto de R$ 8 bilhões.
Embora a Aneel já tenha sinalizado a aprovação da compra anteriormente, a Âmbar contestou e apresentou uma proposta revisada com o objetivo de reduzir os custos. No entanto, a votação sobre a nova proposta está empatada em 2 a 2 na Aneel. A finalização da compra está condicionada à validade de uma medida provisória do governo Lula, que expira no dia 10 de outubro. Caso o processo não seja concluído até esses dados, as condições que possibilitam a aquisição poderão ser anuladas, complicando ainda mais a transação.
A Amazonas Energia, que enfrenta dificuldades financeiras com uma dívida superior a R$ 10 bilhões, está no centro de um debate sobre o futuro de sua gestão. A área técnica da Aneel recomendou a destruição do plano da Âmbar, alegando que ele pode aumentar significativamente as tarifas de energia. Apesar da experiência da Âmbar no setor de geração de energia, sua inexperiência na área de distribuição gerou dúvidas sobre sua capacidade de gerenciamento de infraestrutura.