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Publicado em: 22 de novembro de 2024

Defesa de Braga Netto repudia vazamento de informações para imprensa antes dos advogados terem acesso ao inquérito


A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, sob a acusação de planejar um golpe de Estado após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. A investigação aponta que o grupo pretendia promover ações violentas, incluindo o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O relatório da PF, com mais de 800 páginas, descreve a articulação como parte de uma “organização criminosa” que buscava abolir o Estado Democrático de Direito. As apurações ocorreram em 2023 e culminaram após a prisão de quatro militares e um policial federal, acusados ​​de participar do esquema.

A defesa do general Braga Netto criticou a divulgação de informações à imprensa antes que os advogados tivessem acesso ao inquérito. Em nota, assinada pelo advogado Luís Henrique César Prata, a equipe jurídica repudiou o vazamento e afirmou que aguardará a coleta oficial dos documentos para um posicionamento fundamentado.

O processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que solicitará manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Se a PGR entender que há elementos suficientes, poderá apresentar denúncia, cabendo ao STF decidir se os investigados se tornarão réus.



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