O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou uma análise do relatório final da Polícia Federal (PF) sobre o suposto “plano golpista” articulado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro de 2023. Após conclusão da sua avaliação, Moraes enviará o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR), que definirá os próximos passos: denunciar os envolvidos, solicitar novas investigações ou arquivar o caso.
No relatório, a PF afirma que Jair Bolsonaro tentou articular um golpe de Estado após ser derrotado nas eleições. O ex-presidente já foi indiciado por outros crimes, como o caso das joias sauditas e a fraude no cartão de vacinação. A expectativa é que a PGR apresente uma denúncia conjunta envolvendo todas essas investigações.
Além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, também figura como peça-chave. Cid teve uma audiência com Moraes nesta quinta-feira (21), na qual optou por manter os termos de sua delação premiada sem apresentar novas informações.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliará se há base para apresentar denúncia formal contra os acusados ou se o caso exigirá novas diligências. A PF sustenta que Bolsonaro e seus aliados foram responsáveis por atos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, incluindo crimes como tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.