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Publicado em: 10 de dezembro de 2024

Câmara aprova aumento de pena para crimes cometidos durante estado de calamidade pública – Notícias

Câmara aprova aumento de pena para crimes cometidos durante estado de calamidade pública – Notícias


12/10/2024 – 21h13
• Atualizado em 12/10/2024 – 22h07

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Daniel Trzeciak, relator da proposta

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) projeto de lei que prevê aumento de pena para vários tipos de crimes cometidos por ocorrência de situação de emergência ou estado de calamidade pública. O texto será enviado ao Senado.

De autoria do deputado Coronel Telhada (PP-SP), o Projeto de Lei 651/23 foi aprovado na forma de um substitutivo do relator, deputado Daniel Trzeciak (PSDB-RS).

O texto determina a aplicação em dobro, nessas situações, das penas de:

  • crimes contra o patrimônio (como furto, roubo, apropriação indébita ou estelionato);
  • crimes contra a administração em geral (como peculato, que é a apropriação de dinheiro público, inserção de dados falsos em sistema de informações ou corrupção passiva);
  • crimes contra a economia popular (como sonegar mercadorias, favorecer comprador em detrimento de outro, ou fraudar pesos ou medidas);
  • crime de corrupção ativa, quando alguém oferece propina ao servidor público.

Preço abusivo
O texto do relator inclui, no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), novo crime para quem aumentar abusivamente o preço de produtos ou serviços em momento de emergência ou estado de calamidade pública. A pena será reclusão de 2 a 4 anos e multa.

Fragilidade
Para o relator, deputado Daniel Trzeciak, a prática de crime por ocorrência de uma calamidade pública é mais reprovável pela maior fragilidade da vítima. “O cometimento de delitos é intolerável em qualquer ocasião, mas ainda mais repugnante quando uma vítima se encontra em situação de maior vulnerabilidade.”

Trzeciak lembrou de casos de furtos e roubos a voluntários durante o resgate de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul ou de comerciantes que praticaram aumento abusivo de preços de bens essenciais em meio ao caos.

O deputado Mauricio Marcon (Pode-RS), autor de uma das 11 propostas relatadas por Trzeciak, defendeu que “quem faz o mal ao próximo no meio de uma calamidade apodreça o dobro de tempo na prisão”.

Para o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), no entanto, a proposta traz um “chicote de pobre” porque penaliza quem pode estar passando necessidade, e não o poder público. “A ampliação do estado penal policial punitivo não se demonstrou medida eficaz para diminuição dos índices de violência, muito pelo contrário”, disse.

Glauber Braga considerou que a ação pode ser categorizada como furto famoso, a depender do juiz.

A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) afirmou que aumentar a pena não resolve necessariamente problemas de segurança pública, mas disse que é inadmissível que as pessoas aproveitem a calamidade para cometer crimes.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli



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