Por volta das 12h55, a moeda americana tinha apreciação de 0,89%, cotada a R$ 4,8540 para venda. Na máxima do dia, a divisa chegou a encostar em R$ 4,8650.

 

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — Em alta desde a abertura dos negócios nesta quarta-feira (25), a valorização do dólar ganhou força e se aproxima de 1% no início da tarde.

Por volta das 12h55, a moeda americana tinha apreciação de 0,89%, cotada a R$ 4,8540 para venda. Na máxima do dia, a divisa chegou a encostar em R$ 4,8650.

As atenções do mercado estão voltadas nesta quarta para a divulgação, às 15h (de Brasília), da ata do último encontro de política monetária do Fed (Federal Reserve), que pode fornecer pistas sobre a trajetória futura de elevações de juros na maior economia do mundo.

Na Bolsa de Valores, o índice de ações Ibovespa destoa dos pares globais e opera em leve queda de 0,15%, aos 110.410 pontos, pressionada pelos papéis de grandes bancos.

As ações do Santander oscilavam em baixa de 3,6%, enquanto as do Banco do Brasil cediam 2,6%. Itaú registrava perdas de 1,7%, e Bradesco, de 1,4%.

Exportadoras de commodities impedem uma queda mais intensa do Ibovespa, com alta acima de 1% dos papéis da Petrobras, que na véspera tiveram fortes perdas após o governo determinar a troca no comando da companhia.

“A questão chave é saber se Caio Paes de Andrade terá (ou não) a anuência dos membros do conselho. Caso aceito, seu grande desafio será achar uma saída para suavizar os reajustes de derivados de combustível. O intervalo de 100 dias para cada ciclo de reajustes ganha espaço”, aponta Julio Hegedus Netto, economista-chefe da Mirae Asset Wealth Management em relatório.

Já a Vale oscilava perto da estabilidade, com alta moderada de 0,1%.

No mercado global, as principais Bolsas registravam ganhos modestos, na expectativa sobre as sinalizações que a ata do Fed trará ao mercado.

Nos Estados Unidos, o S&P avançava 0,36%, o Dow Jones subia 0,20%, e o Nasdaq, com maior concentração de negócios de tecnologia, 0,80%.

O movimento no mercado americano acompanha o bom humor na Europa e na Ásia. O FTSE-100, de Londres, operava em alta de 0,51%, o CAC-40, de Paris, subia 0,73%, e o DAX, de Frankfurt, 0,63%.

Os analistas da XP destacam que dados sobre o ritmo da atividade de serviços nos Estados Unidos e na Europa mostraram desaceleração neste mês, refletindo os efeitos da inflação sobre a demanda e a dificuldades com oferta de matérias-primas para a produção manufatureira.

“Apesar do resultado, em ambos os casos, as leituras mostram que as economias continuam em ritmo de crescimento, reduzindo os temores de uma recessão iminente.”

Nas Bolsas asiáticas, o CSI 300, da China, fechou a sessão em alta de 0,61%, e o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,29%. Na contramão dos pares, o Nikkei, de Tóquio, recuou 0,26%.