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Publicado em: 11 de dezembro de 2024

Comissão aprova projeto que prioriza mulheres vítimas de violência em exames periciais – Notícias


12/11/2024 – 14h26

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Dayany Bittencourt recomendou a aprovação da proposta

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que prioriza mulheres vítimas de violência em exames periciais. Para isso, a proposta altera as leis do Atendimento Prioritário e Maria da Penha.

O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Dayany Bittencourt (União-CE), para o Projeto de Lei 1442/24, da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ). “As alterações harmonizam a proposta com regras vigentes”, disse a relatora.

“A realidade, especialmente nos municípios mais distantes, revela a inexistência de institutos médicos legais ou profissionais especializados em perícia médica, o que força as vítimas de violência doméstica e familiar a recorrerem a unidades básicas de saúde ou prontos-socorros”, explicou Dayany Bittencourt .

Ordem de atendimento
As vítimas de violência terão prioridade após o atendimento de:

  • pessoas com deficiência, com transtorno do espectro autista ou idosos com pelo menos 60 anos;
  • gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo;
  • pessoas obesas ou com mobilidade reduzida; e
  • doadores de sangue.

“Com os ajustes feitos na proposta, as mulheres vítimas de violência atendem à necessidade de forma ágil, mas respeitando as limitações estruturais dos serviços públicos de saúde em regiões isoladas”, avaliou o relatora.

“A celeridade na realização das perícias pode ser crucial para a recolha de provas e, consequentemente, para o sucesso da ação penal contra os agressores”, afirmou a deputada Laura Carneiro, autora da versão original, ao defender as mudanças.

Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivojá foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para mudar a lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Da Reportagem/RM
Edição – Natalia Doederlein



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