O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro não detalhou o que espera de acusações sobre o governo anterior

General
General Augusto Heleno (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro, o general da reserva Augusto Heleno, confirmou neste domingo (24) que vai prestar depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional. A sessão está marcada para esta terça-feira (26). As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Apesar de ter confirmado a participação, o general se recusou a detalhar o que espera do depoimento ou de acusações que pesam sobre o governo anterior. “Estou convocado para comparecer à CPMI na terça-feira. Antes disso, não tenho que falar nada.”

Um dos motivos que vinculam o militar ao 8 de Janeiro é o fato de dois membros da sua gestão no GSI — os generais de divisão Carlos José Russo Assumpção Penteado e Carlos Feitosa Rodrigues — estarem trabalhando no órgão no dia dos ataques. Os dois foram exonerados no dia 23 daquele mês.

Depoimento na Câmara Legislativa do DF

Heleno foi ouvido pela CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), no início de junho, e disse não ter informações sobre os assuntos e não ter sido articulador de golpe.

Se eu tivesse sido articulador [dos atos do dia 8 de janeiro], eu diria aqui. Acho que o tratamento que estão dando a essa palavra, golpe, não é adequado. Um golpe, para ter sucesso, precisa ter líderes, um líder principal, não é uma atitude simples.

“Esse termo ‘golpe’ está sendo empregado com extrema vulgaridade. Uma manifestação, uma demonstração de insatisfação não se pode caracterizar como um golpe”, completou.