Políticos do Republicanos, do PL e do PSD foram as principais vítimas de ameaças no primeiro semestre de 2022.

Prédio do Congresso Nacional, em Brasília

Prédio do Congresso Nacional, em Brasília

No primeiro semestre deste ano, o Brasil registrou crescimento de 26% nos episódios de violência contra políticos em relação ao mesmo período de 2021. Segundo dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral, uma publicação do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foram 214 casos entre janeiro e junho de 2022, contra 169 no primeiro semestre do ano passado.

De acordo com a pesquisa, ameaças foram a violência mais frequente contra os políticos, com 89 episódios contabilizados. Agressões foram outro tipo de ataque comum, com 42 casos. Homicídios foram o terceiro tipo de violência mais registrada, com 40 ocorrências. O levantamento ainda constatou 27 atentados, 11 homicídios de familiares, dois sequestros, dois sequestros de familiares e um atentado contra familiar.

Segundo a pesquisa, entre abril e junho, com a aproximação das eleições de 2022 — e, consequentemente, das campanhas eleitorais, houve mais violência contra pessoas que disputarão o pleito de outubro.

Desde o início do ano, os políticos que mais sofreram foram os vereadores, vítimas de 95 episódios de violência. Além disso, 19 prefeitos, 14 deputados estaduais, quatro deputados federais, quatro senadores, quatro vice-prefeitos e quatro candidatos a presidente da República foram alvo de algum tipo de ataque.

Homens são as vítimas mais atingidas, e somaram 176 casos, enquanto as mulheres contabilizaram 38 episódios. Os partidos mais atacados neste ano foram Republicanos (18 vezes), PL (17 vezes), PSD (17 vezes), PT (17 vezes), PSOL (14 vezes), PP (13 vezes), União Brasil (12 vezes) e PSDB (11 vezes).

Os casos de violência relatados são obtidos pelo Grupo de Investigação Eleitoral da UFRJ a partir do acompanhamento dos veículos de comunicação nacionais, incluindo noticiários de rádio e televisão, jornais e revistas impressos, blogs jornalísticos e demais canais digitais.